Obedecendo ao chefe: Fernando Filho vota contra Coaf e ajuda a derrotar o relator, seu pai FBC.
Filho já surpreendeu a reportagem do Nossa Voz ao demonstrar insatisfação com a falta de tato do governo Bolsonaro e seus aliados ao buscarem a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional. “Existe uma certa desarticulação política por parte do governo e a gente espera que o governo possa organizar a sua base para que de fato possa começar a debater sobre o conteúdo da reforma e no momento oportuno a gente possa levá-la a votação. A torcida maior é que o governo se encontre o quanto antes, possa fazer o dialogo de forma respeitosa com quem é a favor e também com quem é contra, possa ponderar os dois lados e a gente possa travar as pautas que são importantes para o Brasil pra economia avançar porque é isso que o país precisa: gerar mais emprego”, considerou Fernando Filho.
Também esteve ausente durante a agenda do presidente da República em Petrolina.
Percebemos que, independente do que se passa em casa, o deputado demonstra mais em sintonia com o sentimento dos colegas de parlamento, inclusive com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), que é do mesmo partido e amigo de Fernando Filho. Maia já protagonizou embates com o próprio presidente Bolsonaro e agora rompeu relações com o líder do governo na Casa, Major Vitor Hugo (PSL-GO). Ao G1, o presidente da Câmara afirmou que Vitor Hugo não merece respeito depois de ter divulgado uma charge na qual uma pessoa aparece chegando ao Congresso com um saco de dinheiro na cabeça com a inscrição “diálogo”.
Mesmo com a derrota no caso do Coaf, o Bolsonaro pediu, durante a visita a Petrolina, que o Senado não tente reverter e aprove a medida provisória do jeito que está. Caso contrário ela volta para a Câmara e com a tramitação para nova votação a medida caduque, já que sua validade encerra no dia 03 de junho. A MP foi responsável pela reorganização dos ministérios do presidente Bolsonaro, quando assumiu o mandato em janeiro deste ano. (Texto: Nossa Voz)