Tudo proposital: a campanha de cortes para redes sociais de Pablo Marçal em São Paulo
O que estamos vendo na campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo é uma “briga de rua”. E, na visão das campanhas de Guilherme Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB), esse clima é puxado pelo candidato Pablo Marçal (PRTB).
Em conversa com as campanhas de todos os candidatos, e o que os aliados dos candidatos avaliam é que o grande desavio delas é em saber como reagir, em como não cair nas táticas de provocação de Marçal. Em debates, o candidato do PRTB já tirou Guilherme Boulos do sério quando, em um debate, mostrou uma carteira de trabalho bem próximo de sua face, e Boulos caiu na provocação. A campanha de Marçal usou o momento em vídeo nas redes sociais.
Esse é o objetivo, fazer os “cortes” e jogar nas redes sociais. E isso é feito quase em tempo real ao que acontece nos debates, por exemplo. No debate realizado no domingo (2) pela TV Gazeta, quando acabava um trecho do debate, o corte já estava no ar. Foi ao ar nas redes uma discussão que o candidato do PRTB teve com Datena que, provocado, saiu do púlpito e foi em direção ao ex-coach. A apresentadora chamou por seguranças, mas eles não chegaram a subir no palco e Datena retornou ao seu local.
Marçal é fluente nas redes sociais e sabe exatamente o que falar e o que usar para atingir o público que o segue. Ele edita o todo – e, muitas vezes, as pessoas têm acesso apenas a trechos do episódio em questão.
As campanhas estão ainda um pouco indecisas sobre como reagir. Temos uma campanha que agora é voltada para a TV para responder as redes sociais. Muitas reuniões estão rolando para definir as próximas estratégias para furar o bloqueio criado pelo Marçal – e ainda sem uma definição sobre a melhor estratégia.
Do g1