PT desiste de lançar Humberto Costa em Pernambuco em favor do PSB; Teresa Leitão poderá ser a vice de Danilo Cabral
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), anunciou nesta sexta-feira (4) a retirada da pré-candidatura do senador Humberto Costa ao governo de Pernambuco nas eleições de 2022 a fim de facilitar uma aliança nacional com o PSB em torno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com Gleisi Hoffmann, a decisão foi tomada após reunião com Lula e o próprio Humberto Costa nesta sexta-feira. “Mesmo liderando as pesquisas, companheiro senador Humberto Costa abriu mão de disputar o governo de Pernambuco para unificar as forças populares no Estado e no Brasil, para derrotar Bolsonaro e seus retrocessos. Grandeza política e desprendimento que saudamos hoje em encontro com Lula”, escreveu em uma rede social.
Segundo o blog de Ricardo Antunes, o governador Paulo Câmara (PSB) recebeu o senador Humberto Costa e a deputada Teresa Leitão, ambos do PT, às 10h de hoje. A conversa, no Palácio do Campo das Princesas, é sobre a formação da chapa majoritária PSB/PT.
A decisão é mais um passo do PT para pacificar as discussões entre a legenda e o PSB na formação de uma federação partidária. Pernambuco era apontado como um dos impasses para a concretização da união.
O nome de Humberto Costa havia sido confirmado como pré-candidato a governador de Pernambuco em dezembro passado.
À época, em publicação nas redes sociais, o senador já ponderava que a continuidade da candidatura estava vinculada à “discussão de uma aliança nacional da qual o PSB é parceiro de primeira hora”.
Na última quinta (3), Lula se reuniu com o governador do estado, Paulo Câmara (PSB), para tratar da campanha eleitoral em Pernambuco.
No encontro, Câmara anunciou a escolha do deputado federal Danilo Cabral (PSB-PE) para concorrer ao governo estadual.
Com a retirada da candidatura de Costa, a expectativa é que o PT formalize o apoio regional à chapa encabeçada pelo PSB. No arranjo, o PT articula a escolha do candidato ao Senado.
Ao comentar a decisão, também em uma rede social, o senador Humberto Costa disse que a medida foi um “gesto político ao PSB”.
“Fizemos isso porque queremos pavimentar, acima de quaisquer interesses pessoais, um caminho de união em favor da esperança e de um novo Brasil. Neste desafio, Pernambuco é estratégico e tem um peso importantíssimo”, disse.