Crise do ovo assusta o mundo: o que se sabe sobre a crise que esvazia as prateleiras
A nova preocupação entre consumidores de países como Estados Unidos, Reino Unido, Nova Zelândia e Portugal é a falta de ovos de galinha nas prateleiras. E a escassez do produto em escala global tem diversas explicações.
O surto de gripe aviária também afeta a oferta nos EUA. Com a diminuição dos produtos, aumentou o número de apreensões de ovos contrabandeados do México. Na Nova Zelândia, a falta de ovos se explica pelo processo gradual de zerar a criação de aves em gaiolas. A ação começou em 2012 e levou ao aumento dos custos de produção, não acompanhado pelo aumento da demanda.
No Brasil, não há o problema da gripe aviária e, portanto, não deve faltar ovos, mas os preços podem sofrer alterações em razão da menor produção em 2023. A crise do ovo assusta o mundo com a disparada dos preços, mas em Pernambuco e no Nordeste, a situação está bem mais tranquila.
Os cinco maiores produtores no Brasil são: São Paulo tem 29,6% do total, Minas Gerais, 10,5%, Espírito Santo, 9,1%, Pernambuco, 8,1%, e Rio Grande do Sul, 5,8%. Mas 99,5% da produção nacional é destinada ao mercado interno, sendo exportado apenas 0,5% do total.
A produção atual de Pernambuco é de 14 milhões de ovos por dia, e cerca de 15 milhões de frango por mês. No Estado, a produção se dá basicamente em todos os municípios do Agreste e da Mata Norte do Estado e, atualmente, aproximadamente 200 mil pessoas estão empregadas direta ou indiretamente nessa atividade em Pernambuco.
Na Europa, é outro reflexo da guerra na Ucrânia, que tem causado preocupação também no fornecimento de gás ao longo do inverno. A alta dos custos dos grãos e da energia elétrica, juntamente com um surto de gripe aviária, impactam a oferta de ovos.
Fonte: Terra e JC