Beneficiários do Auxílio Brasil preferem Lula

Em 15 de julho o governo federal publicava no Diário Oficial da União a emenda que permitia a ampliação do Auxílio Brasil para R$ 600. O pacote também incluía aumento do vale-gás e a criação de benefícios para caminhoneiros e taxistas.

O mercado financeiro reclamou do que classifica de bomba fiscal e a houve acusação de que se tratava de troca de dinheiro por votos. Já a campanha de Bolsonaro estava satisfeita por considerar as medidas como trunfos eleitorais na corrida presidencial.

Um caso clássico de expectativa x realidade. O Datafolha de quinta-feira mostrou que Lula tem folgados 33 pontos percentuais de vantagem entre quem recebe hoje o Auxílio Brasil — 59% para ele e 26% para Bolsonaro. Na rodada anterior, a pesquisa dava 31 pontos à frente de Bolsonaro entre os beneficiários do programa de transferência de renda.

Falha em associar programa ao governo federal. A campanha de Bolsonaro atribui a desvantagem nas pesquisas a uma série de fatores. O primeiro é a demora na troca do cartão do benefício, que manteve o nome de Bolsa Família durante muito tempo. O programa é uma marca da administração Lula e, de acordo com a equipe do presidente, prejudicou a associação do aumento no valor com o atual governo federal.

Outra consequência da manutenção do nome no cartão foi facilitar a narrativa de Lula de que o Auxílio Brasil era um programa para ganhar votos e que acabaria ao final do ano. O fato de o benefício turbinado nascer com previsão de pagamentos até dezembro ajudou a fixar esta ideia na mente do eleitor.

Disputa interna prejudicou programa. Existem ainda outros dois pontos que diminuíram os efeitos do Auxílio Brasil. A campanha de Bolsonaro avalia que o candidato à reeleição se limitou a dar entrevistas para meios de comunicação parceiros. Desta maneira, dialogou apenas com a bolha bolsonarista e limitou o alcance de suas realizações.

O fator derradeiro é a demora para o começo dos pagamentos. Quando a ideia surgiu, eclodiu a guerra da Rússia com a Ucrânia, no final de fevereiro. O ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu postergar os desembolsos para preservar o caixa do governo. À época, havia a expectativa de obter resultados positivos na campanha já com primeiro pagamento. Hoje, a leitura é que o adiamento prejudicou o desempenho eleitoral de Bolsonaro.

Fonte: Do UOL, em São Paulo

Everaldo

Licenciado em Física pelo Instituto Federal do Sertão Pernambucano. Professor de matemática e física do Ensino fundamental e médio da rede estadual de Pernambuco. Jornalista registrado sob o número 6829/PE, o blogueiro Everaldo é casado com Amanda Scarpitta e pai de duas filhas lindas, Kassiane e Kauane. O foco principal do blog é informação com responsabilidade e coerência, doa a quem doer!

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