O milagre: Bebê de gestação abdominal nasce saudável em Lagoa Grande
Fui uma paciente de Lagoa Grande, tenho 30 anos de idade, no curso de 29 semanas e 6 dias de gestação, fui encaminhada para o hospital para investigação do índice de líquido amniótico (ILA), na admissão, não tinha nenhuma queixa, e o exame físico admissional apresentava boa movimentação fetal.
Fui encaminhada ao alto risco, onde realizou um ultrassom em novembro de 2016, que evidenciou GESTAÇÃO ECTÓPICA ABDOMINAL, com feto vivo e placenta aderida na parede posterior do útero, sendo sugerida a realização de uma (ressonância) de abdômen total, ressonância magnética nuclear (RMN) e evidenciou aderência da placenta a alça intestinal. Em discussão com equipe, foi optado por interrupção da gestação no dia 5 de novembro, com a retirada de feto vivo, do sexo feminino, pesando 1480g.
Logo depois da retirada do feto, observou-se sangramento profundo e a conduta optada foi com tampamento com compressas para controle de danos, fechamento do abdômen e encaminhada para UTI, onde permaneci até dia 07 para retirada de compressas. No intra-operatório, evidenciou-se impossibilidade de se retirar a placenta, segundo os médicos o organismo a reabsorve.
Os médicos disseram que a minha gravidez era muito rara, “é de uma em um milhão”, disse o médico. Em todo o mundo são apenas três casos com bebe e mãe com vida, sendo risco de 85% de morte materna e 5% de morte fetal.
Mas a última palavra não vem do homem, a última palavra vem de Deus. Deus é Fiel. Até hoje os médicos não sabem explicar o tamanho do milagre, eles dizem ser impossível um bebê ser gerado junto de órgãos (intestino, pulmão, rins e outros), mas para Deus nada é impossível.
Muitos nem acreditam, mas está ai a prova que o milagre aconteceu, Deus é real não tenho dúvidas que ele é real, só ele tem a explicação pra tudo.
Obrigada Jesus pela minha vida e pela vida da minha filha Ana Izabel, uma guerreira que lutou para sobreviver.
Essa é a minha história de fé, Charleny Cavalcante de Sousa.
Comentário do blog do Everaldo:
Um caso como esse merece atenção totalmente especial da equipe de saúde da prefeitura de Lagoa Grande, estamos acostumados em ver dezenas de casos, onde mulheres tiveram gestações de risco, mas um caso como esse não estamos vendo todos os dias nos meios de comunicações. A mãe e sua filha podem está bem, mas precisam de acompanhamento médico.
