Naufrágio de barco-hotel deixa sete pessoas mortas
Um barco-hotel com 21 pessoas, sendo 9 delas tripulantes, naufragou na sexta-feira (15), no rio Paraguai, Pantanal de Mato Grosso do Sul, a cerca de 10 quilômetros do porto da cidade de Corumbá. O acidente aconteceu durante um temporal. Sete pessoas foram encontradas mortas.
A maioria das vítimas é de Rio de Verde de Goiás (GO). Entre as 10 pessoas da cidade que participavam do passeio, cinco morreram. Outra é de São José do Rio Preto (SP), de onde é também a vítima desaparecida.
Um dos sobreviventes é Geovanne Furtado Souza, médico-urologista em São José do Rio Preto (SP). O pai, o tio e o sobrinho dele, morreram. “Deu uma chacoalhada no barco. Dois segundos depois virou igual filme, aquela coisa de balançar”, resume Geovanne Furtado Souza.
Quando o barco virou, 14 pessoas conseguiram nadar e foram resgatadas por um navio do Exército Brasileiro que passava por lá no momento. Entre as vítimas, cinco são de Rio Verde de Goiás (GO), que é a família de Geovanne. Outra de São José do Rio Preto (SP). A maioria delas foi encontrada morta na manhã deste sábado (16).
Entre as vítimas, o comandante do barco, Vitor Celestino Francelino, de 64 anos. Ele comandava a embarcação há cerca de 20 anos. Era funcionário do grupo que pescava, o qual mantinha o veículo em Corumbá há 25 anos. O corpo da última vítima foi encontrado no fim do dia, porém, devido à dificuldade de acesso, ainda não foi retirado.
A Polícia Civil registrou o caso como morte a esclarecer. As seis pessoas encontradas mortas foram identificadas como:
- Geraldo Alves de Souza, de 78 anos;
- Olímpio Alves de Souza, de 71 anos;
- Fernando Gomes de Oliveira, 49 anos;
- Thiago Souza Gomes, 18 anos;
- Vitor Celestino Francelino, 64 e
- Fernando Rodrigues Leão, de 44 anos.
O que falta saber?
- As vítimas usavam colete salva-vidas quando a embarcação virou?
- O barco estava em situação regular perante às repartições públicas competentes?
- A quantidade de pessoas no barco estava em acordo com o que o veículo suporta?
- Havia botes salva-vidas? Se sim, era suficiente para todas as pessoas?
- O barco estava em condições legais de navegabilidade?
- O piloto da embarcação era credenciado para tal função?
- Por que o barco não aguentou a ventania? Os ventos eram muito fortes ou a embarcação estava em local proibido?
G1 – Mato Grosso do Sul