VÍDEO: Prefeito de Bento Gonçalves quer trocar Bolsa Famílias por empregos; valor médio do benefício é R$ 681,22
Uma força-tarefa realizada pela Prefeitura de Bento Gonçalves (RS) quer trocar o Bolsa Família por emprego. A administração municipal tem realizado uma fiscalização dos beneficiários do auxílio, pago a cerca de 5% da população local. VÍDEO ABAIXO
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Segundo o prefeito da cidade, Diogo Segabinazzi (PSDB), assistentes sociais fazem ligações aos beneficiários do Bolsa Família para apurar a situação social do cidadão. Caso não consigam contato, a gestão vai até a residência do morador e oferece um emprego.
Segabinazzi concedeu entrevista ao Jornal da Oeste, para contar os detalhes da ação da prefeitura. Na conversa, ele explicou que, a princípio, os integrantes da força-tarefa acionaram até agora homens solteiros, de 18 a 40 anos, e sem filhos. A ação resultou no corte de 90% do auxílio a esses beneficiários.
“Tem dado resultado”, afirmou Segabinazzi. “A gente tem reduzido bastante o número de Bolsa Família aqui em Bento Gonçalves e conseguido empregar bastante gente. Não só cortar o Bolsa Família, mas dar emprego e dignidade para essas pessoas.”
O prefeito disse que muitos beneficiários preferem trabalhar informalmente para manter o auxílio. Nesses casos, a prefeitura cortou os auxílios e ofereceu empregos formais. A gestão busca as vagas junto das empresas da cidade e encaminha as pessoas para as entrevistas.
Bolsa Família paga R$ 600 para beneficiários
Atualmente, o governo federal oferece auxílios a partir de R$ 600 para famílias de baixa renda. As prefeituras ficam responsáveis por atender os moradores que têm direito ao benefício.
O Centro de Referência de Assistência Social (Cras), ligado às prefeituras, realiza os atendimentos e repassa as informações para o governo incluir o beneficiário no Bolsa Família. Segundo Segabinazzi, para receber o benefício basta uma autodeclaração da situação financeira e social do cidadão.
O prefeito contou que é comum que mais de uma pessoa que mora na mesma casa consiga o benefício por declarar que mora sozinha. Nesses casos, cabe à prefeitura realizar a fiscalização e cruzar os dados dos beneficiários para impedir mais de um pagamento por família.
“Tem de acabar com esse excesso de Bolsa Família sem critério algum”, afirmou Segabinazzi. “É autodeclaração de qualquer pessoa para ganhar o Bolsa Família. O cidadão chega ao Cras, afirma que não tem emprego, que passa por necessidade e que precisa do Bolsa Família porque não consegue trabalho. Tem de ser feita a parte da prefeitura, que é fiscalizar e agir fortemente para bloquear esse benefício, quando não é necessário.”