O peso da eleição de 2024 para a disputa de 2026 e a polarização entre Lula e Bolsonaro
Em outubro os brasileiros vão voltar às urnas para escolher prefeitos e vereadores dos 5.570 municípios. Uma eleição regada a muito dinheiro público: o fundo eleitoral terá R$ 5 bilhões, o dobro das eleições municipais em 2020.
Historicamente, a eleição municipal é marcada por problemas e questões locais, mas a polarização ainda presente entre o presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro pode mudar o quadro. E ambos já atuam para eleger aliados.
Para entender como vão atuar os dois cabos eleitorais mais influentes do país e o que esperar da eleição deste ano, veja algum temas que serão o marco central do pleito.
- Polarização entre Lula e Bolsonaro deve se fazer mais presente em cidades de grande porte, principalmente da região Sudeste, onde há um debate ideológico importante que não acabou em 2022;
- O PL – partido do ex-presidente Bolsonaro – tem o desafio de crescer nos municípios;
- Primeira eleição com Bolsonaro fora do poder, será um teste para o bolsonarismo;
- O PT teve o seu pior desempenho em 2020, e agora tenta recuperar protagonismo nas cidades, tendo nas mãos a máquina pública federal e uma agenda econômica positiva;
- Entender a correlação de forças no Congresso;
- Mudança no jogo legislativo, com parlamentares tendo nas mãos o valor recorde de R$ 53 bilhões em emendas;
- O que determina quem vai ganhar o Congresso são os prefeitos;
- A eleição de 2024 é o termômetro para saber quem vai mandar na agenda legislativa brasileira em 2026;
- Tendência de uma alta taxa de reeleição de prefeitos com bases eleitorais irrigadas com dinheiro de emendas parlamentares;
- Deputados passaram a ter mais poder para ajudar prefeitos que no futuro vão poder ajudá-los a vencer as eleições de novo
Por Natuza Nery, g1