O encontro dos senadores Armando Monteiro Neto (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB)
Pré-candidato em potencial a governador, o senador Armando Monteiro (PTB) começou a entrar no jogo, mas seu projeto está vinculado ainda ao formato da sua aliança. O encontro dos senadores Armando Monteiro Neto (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB), no gabinete do prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (PSB), é marcado por muito simbolismo. Num ambiente político em mutação, com cenários tão imprevisíveis como se mostram nesses tempos, essa reunião é tudo, menos para ser tratada como uma mera conversa normal. Os deputados Silvio Costa e José Humberto também estiveram presentes.
Fernando Bezerra, por exemplo, joga com uma candidatura própria, a do filho, o ministro Fernando Coelho, mas não será surpresa se aceitar a vaga de vice, para o próprio filho, na chapa de Paulo Câmara. Sua própria candidatura a governador está praticamente descartada por causa das denúncias envolvendo seu nome na operação Lava Jato.
Os dois senadores sabem exatamente suas situações no tabuleiro do jogo eleitoral, que já começou a ser jogado. Armando sabe da insatisfação de Fernando no atual momento na legenda socialista. Armando sabe que no Palácio do Campo das Princesas não se faz política. Avaliou esse cenário, e essa visita foi mais que cortesia: foi um aceno, o maior gesto das oposições ao grupo de Fernando, que agora é cortejado pelo Democratas e PMDB.
O DEM, por fim, sonha em ter Mendonça Filho disputando o Governo do Estado, mas o partido está isolado, só elegeu um prefeito e Priscila Krause, a estrela da legenda para fisgar o voto urbano concentrado no Recife e Região Metropolitana, não teve desempenho satisfatório na disputa pela Prefeitura da capital, em 2016. Armando gostaria de atrair Mendonça para à disputa ao Senado, mas a cabeça do ministro da Educação se move em direção ao Palácio das Princesas. Não dando certo, a reeleição de deputado federal, para ele, seria mais confortável. (Dos blog de Magno Martins)