Sindicato dos Professores de Lagoa Grande decide levar nova proposta ao executivo
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do município de Lagoa Grande (SINTELAG), decidiu hoje em assembleia, que vai levar uma nova proposta para o executivo. A decisão do órgão foi acertada após rejeitar a proposta posta em mesa de negociação.
Vale destacar que as cidades de Petrolina, Cabrobó, Afrânio, Dormentes, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Orocó, todas no Sertão do São Francisco, não conseguiram repassar os 33,24% propostos pelo governo Bolsonaro aos profissionais. Petrolina, por exemplo, a cidade mais rica do Sertão, só passou 18% para alguns professores. Leia mais após a publicidade
Na semana passada, a gestão municipal, após realizar todos os estudos de impacto financeiro e as previsões de arrecadação para o ano de 2022, a administração municipal garantiu o reajuste de 10,06% aos profissionais da Educação, correspondente ao acumulado da inflação, que teve a maior taxa desde o ano de 2015.
O que diz a Confederação Nacional de Municípios (CNM)
A entidade destaca que o critério de reajuste anual do piso do magistério foi revogado com a Lei 14.113/2020, que regulamentou o novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), entendimento que foi confirmado pelo próprio Ministério da Educação, no dia 14 de janeiro, com base em parecer jurídico da Advocacia-Geral da União (AGU). Afinal, o que deve ser de fato levado em consideração: parecer da AGU, Nota de Esclarecimento do MEC ou Twitter do presidente da República?
Ao colocar em primeiro lugar uma disputa eleitoral, o Brasil caminha para jogar a educação pelo ralo. A CNM lamenta que recorrentemente ambições políticas se sobressaiam aos interesses e ao desenvolvimento do país. Cabe ressaltar, ainda, que, caso confirmado o reajuste anunciado pelo governo federal, de 33,24%, os Municípios terão um impacto de R$ 30,46 bilhões, colocando os Entes locais em uma difícil situação fiscal e inviabilizando a gestão da educação no Brasil. Para se ter ideia do impacto, o repasse do Fundeb para este ano será de R$ 226 milhões. Com esse reajuste, estima-se que 90% dos recursos do Fundo sejam utilizados para cobrir gastos com pessoal. Leia nota completa aqui