O preço da desunião
A oposição que, pela primeira vez em muitos anos, enfrenta o PSB com jovens e promissores candidatos, ao ponto de ter conseguido, na reta final, que todos empatassem com o candidato oficial Danilo Cabral, se encontra em uma encruzilhada: se não conseguir levar Raquel, Miguel ou Anderson para o segundo turno, vai pagar o preço da desunião e de mais uma oportunidade perdida para o grupo socialista que está há 16 anos no poder.
Os próprios números das pesquisas desta semana são claros: tivessem pelo menos dois deles se juntado e a esta altura era impossível o PSB alcançá-los. Estariam no segundo turno para enfrentar Marília Arraes. Essa pedra foi cantada diversas vezes nos bastidores das três candidaturas e dois personagens lutaram para que pelo menos Raquel e Miguel se entendessem: Mendonça Filho e Armando Monteiro.
Numa união entre os dois candidatos eles aceitariam qualquer missão. Como não houve o diálogo esperado, se negaram a disputar o senado. Agora a torcida em todos os palanques oposicionistas é para que, se um dos três candidatos chegar lá, Mendonça e Armando consigam promover, enfim, a união não conseguida já no primeiro turno. Terá sido tarde? Só o tempo e as circunstâncias vão mostrar.
Texto: Blog Dellas