Guerra Rússia-Ucrânia pode afetar os preços do trigo, petróleo e fertilizantes no Brasil

O avanço das tropas russas sobre o território ucraniano, que já deixou ao menos 137 mortos e outros 169 feridos desde a madrugada dessa quinta-feira (24/2), horário de Brasília, sinaliza consequências econômicas para o Brasil. Os preços do petróleo e do trigo registram alta no mercado internacional, o que fará com que os brasileiros paguem ainda mais caro pela gasolina e pelo pão, por exemplo.

A importação de fertilizantes – fundamental para a produção agrícola do país – e de tecnologias também poderá ser afetada, e o governo federal terá de se mexer em busca de alternativas, caso as sanções norte-americanas e europeias estrangulem o fornecimento.

Hoje, a Rússia é o sexto país que mais vende ao Brasil. Somente em 2021, importamos cerca de US$ 4,1 bilhões da nação comandada por Vladimir Putin. Mais da metade (62%) das importações são adubos ou fertilizantes químicos, o que faz do país o maior fornecedor do produto ao Brasil. Os dados foram levantados pela reportagem do Metrópoles com base na plataforma Comex Stat, do Ministério da Economia.

“O Brasil importa daquela região, não só da Rússia, mas também da própria Ucrânia e da Bielorrússia, muito fertilizante, que é muito importante para a recomposição de terra e o aumento de produção no Brasil. Então, se as sanções econômicas adotadas pelos Estados Unidos e pela Europa afetarem, por exemplo, as transações bancárias, os mecanismos de financiamento e de pagamento operacional contra a Rússia, isso pode dificultar a importação daquela região e afetar o abastecimento brasileiro, mesmo o Brasil tendo outras fontes”, explica o estrategista-chefe do banco Ourinvest e ex-secretário de Comércio Exterior do Brasil, Welber Barral.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina (DEM-MS), admitiu estar preocupada com a situação. Nessa quinta-feira, ela afirmou que a pasta tem monitorado a ofensiva da Rússia contra a Ucrânia e avaliado alternativas, caso as importações da Rússia sejam inviabilizadas.

“Tem que ter muito cuidado com isso. O Brasil não importa só desse país. É um importador de fertilizantes de vários países. Temos outras alternativas para substituir, se tivermos problemas”, afirmou ela.

Leia mais aqui ou no site Metrópoles.

Everaldo

Licenciado em Física pelo Instituto Federal do Sertão Pernambucano. Professor de matemática e física do Ensino fundamental e médio da rede estadual de Pernambuco. Jornalista registrado sob o número 6829/PE, o blogueiro Everaldo é casado com Amanda Scarpitta e pai de duas filhas lindas, Kassiane e Kauane. O foco principal do blog é informação com responsabilidade e coerência, doa a quem doer!

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