O preço da traição: PSB expulsa um deputado e suspende o mandato de 9.

A cúpula do PSB foi mais implacável com os deputados rebeldes, dez ao todo, do que se previa. O Diretório Nacional do PSB decidiu no começo da noite desta sexta-feira (30) pela expulsão do deputado federal Átila Lira e pela suspensão por 12 meses de todas as funções partidárias e parlamentares de outros nove deputados que descumpriram orientação do partido na reforma da Previdência.
O blog do Magno apurou que a tendência dos que tiveram direito a voto era suavizar a pena, com apenas uma advertência. Estava no caminho errado.
Foram muito mais além: expulsaram um dos infiéis e suspenderam por um ano o mandato dos nove restantes. Na prática, nenhum deles ficará com autonomia para parlamentar, sua missão congressual dada pelo povo nas urnas. Ficam sem autoridade para ocupar comissões, falar em plenário em nome do PSB e serem indicados pelo líder Tadeu Alencar para qualquer relatoria em comissões na Casa.
Vai adiantar ficar no partido? De jeito nenhum, mas os nove estão no mato sem cachorro, se ficar o bicho pega, se correr o bicho come. Resumo da ópera: cortaram as pernas dos que se julgavam independentes e não queriam bater continência para o comando partidário.
Nesta votação, até o prefeito Geraldo Júlio, que chegou a afirmar que ninguém seria expulso, teve um choque de realidade diante da recomendação do Conselho de Ética.
No caso dos nove deputados que votaram a favor apenas da reforma da Previdência, o relator recomendou a suspensão das prerrogativas partidárias e parlamentares. São eles: Emidinho Madeira (MG), Felipe Carreras (PE), Felipe Rigoni (ES), Jefferson Campos (SP), Liziane Bayer (RS), Rodrigo Agostinho (SP), Rodrigo Coelho (SC), Rosana Valle (SP) e Ted Conti (ES).
O caso do deputado Átila Lira foi considerado mais grave pelo colegiado pela reincidência do deputado que, em 2018, votou a favor da reforma trabalhista do governo Temer
