Crescimento de Anderson, volta a alimentar especulações sobre união de Raquel e Miguel

Preocupados com a voz das urnas, políticos interioranos costumam dizer que “eleitor é um cheque sem fundos”, explicando que, da mesma forma que se pode vencer uma eleição dada como perdida, também é possível perder em uma dada como ganha.

O eleitor muitas vezes surpreende. Esse ditado começou a ser citado nos últimos dias quando se discute na capital e no interior o efeito que terá na eleição de outubro o aumento do auxílio Brasil, proposto pelo presidente Bolsonaro e aprovado pelo Congresso. Mesmo em estados como Pernambuco teme-se que, no final, o presidente venha a ter muito mais votos do que se supunha, ajudando a levar o seu candidato a governador Anderson Ferreira(PL) ao segundo turno.

Em função disso votou a baila a discussão sobre a possibilidade de um entendimento entre os pré-candidatos Raquel Lyra e Miguel Coelho até o dia 30 quando Raquel faz sua convenção ( a de Miguel é dia 31).

O raciocínio de um político tarimbado defensor dessa tese é de que a luta dos candidatos de centro-esquerda Marília Arraes (SD) e Danilo Cabral (PSB), pelo espaço desse campo, pode levar os dois juntos a terem entre 45 e 50% dos votos no primeiro turno, restando a Miguel, Raquel e Anderson lutar pelos 50% a 55% restantes. Se o crescimento de Bolsonaro se der e Anderson conseguir colar seus votos aos do presidente passa dos 20% dos votos, em condições de garantir uma das vagas do segundo turno.

Essa mesma fonte do blog não trabalha com a possibilidade de dois candidatos de oposição disputarem o segundo turno. Acredita que uma das vagas é de Marília ou Danilo e a outra dos oposicionistas. Desta forma, se Anderson crescer além dos 20%, Raquel e Miguel terão chances reduzidas de ultrapassá-lo. O fato de Raquel e Miguel terem deixaram em banho-maria a vaga do senado, passou a ser interpretada como sinal de que eles trabalham com o tempo para entender melhor a situação e dar o passo definitivo.

Fonte: Blog Dellas