Caso Alícia Valentina: o que se sabe e o que falta saber sobre a morte da criança agredida em escola de Belém do São Francisco

A Polícia Civil investiga a morte de Alícia Valentina, de 11 anos, que foi agredida por colegas dentro de uma escola municipal em Belém do São Francisco, no Sertão de Pernambuco. A menina teve morte cerebral confirmada no Hospital da Restauração, no Recife, no domingo (7).

Nesta reportagem, veja o que se sabe sobre o caso e o que ainda falta esclarecer:

1. O que aconteceu?

Alícia foi agredida por colegas dentro do banheiro da Escola Municipal Tia Zita, na quarta-feira (3). Após apresentar sangramentos e vômitos, ela foi atendida em unidades de saúde locais e transferida para o Recife, onde teve morte cerebral confirmada pelo Hospital da Restauração, no domingo (7).

2. Quem são os suspeitos da agressão?

Segundo relatos da família, três colegas — dois meninos e uma menina — estavam envolvidos. Um deles teria dado socos na vítima. A Polícia Civil não divulgou os nomes por se tratar de menores de idade.

3. Onde e como ocorreu a agressão?

A agressão teria ocorrido dentro do banheiro da escola municipal, do ensino fundamental. Há relatos de que outros alunos estavam na porta e que uma possível filmagem do momento circula entre estudantes, mas isso ainda não foi confirmado oficialmente pela polícia.

4. Qual foi o atendimento médico recebido?

Alícia foi levada inicialmente ao hospital municipal com sangramento nasal e liberada. Depois, voltou com sangramento no ouvido e vômitos de sangue. Foi transferida para Salgueiro e, em seguida, para o Hospital da Restauração, onde morreu.

5. O que dizem os pais da menina?

A mãe descreveu Alícia como uma criança doce e tranquila, sem envolvimento em brigas. O pai afirmou que quer justiça e teme que os agressores façam o mesmo com outras crianças. Ambos cobram que os responsáveis pela morte da filha sejam punidos.

6. A escola prestou assistência?

A escola afirma que prestou socorro imediato e acionou o Conselho Tutelar e a Secretaria de Educação. A gestão municipal cancelou eventos do 7 de Setembro, decretou luto de três dias e diz acompanhar o caso com assistência social e psicológica às famílias envolvidas.

7. Parente da vítima contesta assistência por parte da escola

Segundo parente da vítima, que prefere não se identificar, a escola foi negligente com o apoio à família e condução do caso. Ela afirma que o socorro foi prestado, mas não houve a presença de uma pessoa da escola até Alícia receber alta e retornar para casa. A produção da TV Grande Rio entrou em contato com a prefeitura de Belém do São Francisco, sobre a falta de assistência, mas não obteve resposta até a última atualização dessa reportagem.

8. O que diz a prefeitura?

Em nota, a prefeitura de Belém do São Francisco informou que não houve negligência médica ou alta hospitalar pelos profissionais de saúde que realizaram o atendimento de Alícia Valentina no Hospital do município Dr José Alventino Lima. Segundo a nota, a menina foi levada para casa, por sua mãe, sem autorização da médica plantonista.

9. O que diz a Polícia Civil?

A Polícia Civil instaurou um inquérito para investigar as circunstâncias da agressão. Por envolver menores, detalhes não foram divulgados. O caso segue em apuração e ainda não há informações sobre responsabilizações.

10. Há imagens da agressão?

A família relatou que há uma filmagem do momento em que Alícia foi agredida, mas isso ainda não foi confirmado pela polícia. Se existir, o vídeo pode ser peça-chave na investigação.

11. Onde e quando será o velório e enterro da menina?

O velório será no Salão de Velório do PAF, plano funerário de Belém do São Francisco, nesta terça-feira (9). O enterro está previsto para as 16h, no cemitério local.

12. O que falta esclarecer?

Ainda não se sabe o que motivou a agressão, se houve negligência por parte da escola, e quais medidas serão tomadas contra os agressores.

Do g1 Petrolina

Everaldo

Licenciado em Física pelo Instituto Federal do Sertão Pernambucano e em Matemática, pela Faculdade Prominas - Montes Claros. Jornalista registrado sob o número 6829/PE, o blogueiro Everaldo é casado com a Pedagoga Amanda Scarpitta e pai de duas filhas, Kassiane e Kauane. O foco principal do blog é informação com responsabilidade e coerência, doa a quem doer!

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