Ranking das campeãs: Petrolina é a cidade que mais salva vidas na pandemia

Petrolina, em Pernambuco, conseguiu fazer de sua principal vocação um forte chamariz para a atração de investimentos. Políticas públicas realizadas em parceria com instituições como a Embrapa proporcionaram saltos de desenvolvimento no município. Ao longo de quatro décadas, a região se tornou um dos maiores polos do agronegócio do país. O faturamento com a fruticultura chegou a 4,5 bilhões de reais em 2020, 20% mais do que em 2019, em um ano em que a economia do país patinou em razão da crise do coronavírus.

Hoje, a renda média per capita em Petrolina é de cerca de 2.200 reais, 62,7% mais do que a média nacional. A cidade também tem um dos menores índices de conglomerados urbanos. Apenas 2% das residências estão localizadas em favelas, diante de quase 20% no Rio de Janeiro e 41,8% em Salvador. Na área da saúde, a cidade também se destaca. Quase a totalidade dos 343.300 moradores é atendida atualmente por equipes de atenção básica e as mães de 75% dos bebês nascidos na cidade realizam pelo menos sete consultas pré-natais.

Esses indicadores ajudam a explicar por que Petrolina ocupa a liderança do ranking das 100 maiores cidades do país com o menor índice de mortes pela covid-19, elaborado pela consultoria Macroplan e publicado com exclusividade pela EXAME. “Municípios com políticas públicas direcionadas à melhoria da qualidade de vida e menor presença de moradias inadequadas em locais que favorecem aglomerações em geral têm melhores resultados na pandemia”, diz Marcelo Trevenzoli, consultor líder em saúde da Macroplan.

Em Petrolina, a taxa acumulada de óbitos é de 65,3 por 100.000 habitantes. Nas cidades com um panorama mais dramático em relação ao combate ao coronavírus, esse índice é multiplicado por 6: Manaus, que ocupa a outra ponta do ranking, com os piores resultados na pandemia, registra mais de 380 mortes por 100.000 habitantes.

 (Exame/Exame)

No ranking das cidades que salvam mais vidas, Taubaté, no interior de Sâo Paulo, ocupa a segunda posição, com pouco mais de 73 óbitos por 100.000 habitantes. O município de 317.900 habitantes é campeão em áreas centrais da gestão municipal, como saúde e educação, e ocupa a oitava posição em outro ranking importante, o Índice de Desafios da Gestão Municipal, também da Macroplan, que avalia as 100 maiores cidades brasileiras. Juntas, elas concentram quase 83 milhões de habitantes, equivalentes a 40% da população brasileira, e 53,3% dos empregos formais. Veja o ranking completo.

 (Exame/Exame)

Ribeirão das Neves, em Minas Gerais, também vem conseguindo poupar vidas na batalha contra a covid-19. O município, com 338.000 moradores, registra uma taxa acumulada de óbitos pelo coronavírus de 86 por 100.000 habitantes, logo depois de Taubaté e na frente de Belford Roxo, no Rio de Janeiro, e Ananindeua, no Pará.

Entre as capitais, São Paulo ocupa a 61ª posição, com 156 mortos por 100.000 habitantes. Belo Horizonte está em situação melhor, no 21º lugar do ranking, e Manaus sente pesadamente os efeitos no colapso da saúde, com a maior taxa acumulada de óbitos. “O estudo mostra que cidades com boa gestão conseguem salvar vidas”, diz Trevenzoli.

Fonte: Exame

Everaldo

Licenciado em Física pelo Instituto Federal do Sertão Pernambucano e em Matemática, pela Faculdade Prominas - Montes Claros. Jornalista registrado sob o número 6829/PE, o blogueiro Everaldo é casado com a Pedagoga Amanda Scarpitta e pai de duas filhas, Kassiane e Kauane. O foco principal do blog é informação com responsabilidade e coerência, doa a quem doer!

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