Políticos da direita e da esquerda usam operação no Rio com mais de 120 mortos como trunfo eleitoral

O Brasil não é para amadores! Políticos da direita e da esquerda devem usar a megaoperação no Rio de Janeiro, com mais de 120 mortos, como trunfo eleitoral voltado à eleição do ano que vem.
A operação revela as profundas divisões políticas: enquanto o campo bolsonarista aposta na violência, os adeptos ao governo Lula penam para definir uma posição clara sobre segurança pública.
Essa divisão entre os dois campos políticos, ao invés de ajudar, faz temer o pior para o futuro do Brasil. O Governo Federal está caminhando sobre ovos e quer se distanciar do massacre, responsabilizando unicamente o governador do RJ.
Em vez da necessária cooperação entre os governos, o campo da direita parece empenhado no confronto e acusa o Governo Lula de omissão. Para a direita, ‘bandido bom é bandido morto’, por outro lado, políticos da esquerda condenaram veementemente e classificaram a operação de ‘matança’.
Um caso recente sobre a polarização da megaoperação no Rio aconteceu em Petrolina. Dois vereadores, um do campo da extrema direita e outro da extrema esquerda trocaram farpas durante a sessão da quinta (30).
Dhiego Serra (PL) e Gilmar Santos (PT) perderam a compostura e se digladiaram na sessão. Serra disse que Gilmar “deveria ter vergonha por defender criminosos”, e Gilmar devolveu: “Bandido é quem defende Bolsonaro”.
Comentário do Blog: Enfrentar o debate da segurança pública no Brasil é papel de todos, principalmente dos políticos que foram eleitos. Nessa seara não deveriam existir os embates políticos e o aproveitamento do tema puramente por um voto. O enfrentamento contra o crime organizado é dever do presidente da república, dos 27 governadores e governadoras, dos 5569 prefeitos e prefeitas dos 513 deputados e deputadas federais, dos 81 senadores e senadoras e dos 1059 Deputados e deputadas e estaduais.
Balanço da operação
- 121 mortes, sendo 117 suspeitos e 4 policiais
- 113 presos, sendo 33 de outros estados, como Amazonas, Bahia, Ceará, Pará e Pernambuco
- 10 menores infratores apreendidos
- 91 fuzis, 26 pistolas, 1 revólver apreendidos
- 1 tonelada de drogas apreendida
