O lockdown em 2020 deu certo? Se não, vai dá agora?

Lockdown é a versão mais rígida do distanciamento social e quando a recomendação se torna obrigatória. É uma imposição do Estado que significa bloqueio total. No cenário pandêmico, essa medida é a mais rigorosa a ser tomada e serve para desacelerar a propagação do novo Coronavírus, quando as medidas de isolamento social e de quarentena não são suficientes e os casos continuam aumentando diariamente.

Segundo muitos especialistas de plantão, a decretação de lockdowns e de toques de recolher por Chefes dos Poderes Executivos estaduais, distrital e municipais (atos do Poder Público), viola o espírito da Constituição Federal de 1988 (…) Não há dúvida de que o direito à liberdade de ir e vir é preceito fundamental (…), previsto no art. 5º da Constituição Federal. (Continua após a publicidade)

O crescimento da pandemia no Brasil mobilizou Estados para tentar frear o avanço acelerado da covid-19. Entre os mais restritivos estão Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal, Bahia e Pernambuco (a partir do dia 18), que vão fechar serviços não essenciais. Com UTIs lotadas, o foco é evitar aglomerações e reduzir a transmissão do vírus no País, o que demora mais ao menos duas semanas, dizem especialistas.

Mas o lockdown funciona de verdade? O que diz a ciência sobre as medidas de distanciamento social? O que diz a economia sobre o fechamento dos serviços não essenciais? E como ficam as pessoas envolvidas? Os trabalhadores autônomos e os pequenos empresários? A medida é dura e dói na alma, no bolso na verdade. Em 2020 tivemos um lockdown nacional, cidades do Brasil inteiro ficaram fechadas por dias e mais dias. Qual foi o resultado dessa medida?

Não deviam ter criado um lockdown em novembro de 2020? Mês das eleições municipais no país inteiro? A corda sempre quebra pro lado mais fraco. Hoje a gente ver estados e municípios fechando tudo para conter o avanço do vírus, claro, alguma precisa ser feita para frear, mas essa coisa tem quer ser fechar o comércio? Se essa é a única opção, quais os incentivos que os prefeitos e governadores estão dando a todos os envolvidos com a restrição mais dura?

Não vou citar nesse artigo os grande empresários, pois os mesmos tem condições de ficarem 10 dias com suas portas fechadas, claro, terá redução de receita. Mas cito aqui o pequeno empresário, aquele do armarinho lá da esquina, o vendedor ambulante, o empregado que ganha um mísero salário mínimo, o trabalhador autônomo e outros. É desse povo que estou falando. A conta de água, luz e a feira fazem parte da vida diária dessa classe e como arcar com essas responsabilidades sem entrar receita no lar?

Um ano de pandemia mas nossos governantes não aprenderam a lição e voltamos a estaca zero. Presidente, governadores, prefeitos e vereadores, um bando de aproveitadores que muitas vezes usam a pandemia para uma auto promoção, enquanto isso, milhares de pais de famílias passam fome devido as restrições sem planejamento adequado.

Jamais poderíamos esquecer daquelas pessoas sem consciência e ficam fazendo aglomerações nas ruas, batendo pernas sem necessidade ou em festas clandestinas. Cada cidadão deveria enxergar o seu papel diante da real situação pandêmica que assola nosso país e fazer a sua parte. Só iremos vencer o coronavírus com muita conscientização das pessoas e dos políticos