Interesse em comum: PT de Lula e PL de Bolsonaro lutam pela cassação do mandato de Moro
Teve início nesta segunda-feira (1º), em uma sessão que durou 4 horas, o julgamento dos processos0604176-51.2022.6.16.0000 e 0604298-64.2022.6.16.0000, que pleiteiam a cassação do mandato do senador Sergio Moro (União Brasil) e a sua inelegibilidade por abuso do poder econômico durante a campanha para as eleições de 2022.
As duas ações no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) foram protocoladas por duas frentes antagônicas na política nacional. A primeira pelo Partido Liberal (PL), de base bolsonarista, e a outra pela Federação Brasil da Esperança – FÉ BRASIL (PT/PCdoB/PV), base que elegeu o governo Lula, em novembro e dezembro de 2022.
O julgamento começou com as sustentações orais dos advogados dos autores, Bruno Cristaldi Costa de Matos, pelo PL do Paraná, e Luiz Eduardo Peccinin, pela Federação Brasil da Esperança – Fé Brasil (PT/PCdoB/PV). A seguir, os advogados Gustavo Bonini Guedes e Cassio Prudente Vieira Leite, representando os investigados Luis Felipe Cunha, Ricardo Augusto Guerra e Sérgio Fernando Moro, fizeram a sua defesa oral.
O relator da duas ações votou nesta segunda-feira (1º) contra a perda do mandato pelo parlamentar. O desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza entendeu que as acusações não procedem e que o cargo conquistado por Moro no Senado deve ser mantido. O julgamento será retomado nesta quarta-feira (3).
Moro foi eleito com 1,9 milhão de votos. As ações contra ele possuem teor similar e estão sendo julgadas em conjunto pela Corte.