“Existem muitas contradições entre as nossas posições políticas”, disse Raul Henry, presidente do MDB, sobre o pré-candidato Miguel Coelho
Na última sexta-feira (09), o blog do Everaldo conversou com exclusividade com o deputado Raul Henry (MDB), presidente estadual do partido. Entre os nossos questionamentos, um deles mereceu um artigo dedicado. O Blog indagou ao parlamentar a postura do prefeito de Petrolina Miguel Coelho, também do MDB, sobre a intenção em disputar a eleição para governador em 2022 pela oposição. Raul foi curto e grosso: “tenho mostrado para ele (Miguel) que existem muitas contradições entre as nossas posições políticas.”
“Tenho mostrado para ele que existem muitas contradições entre as nossas posições políticas. Temos uma aliança com a Frente Popular de Pernambuco, quando ele entrou no partido ele já sabia desta condição, mas ele tem claramente uma posição de oposição à Frente Popular de Pernambuco “, pontuou o deputado.
O presidente do MDB destacou que além da postura oposicionista à Frente Popular, postura contraditória, existe outra que foge dos preceitos do partido. “Eles possuem uma relação muito próxima com a linha do presidente Bolsonaro, eu e o Senador Jarbas Vasconcelos, apesar de apoiar as medidas do congresso nacional a favor do país, temos uma posição muito crítica ao fato do presidente Bolsonaro viver afrontando as instituições democráticas do país, ou seja, mais uma contradição existente entre Miguel e o MDB”, destacou.
Raul Henry disse à nossa redação que ambos precisam conversar sobre os fatos com lealdade, com correção e cordialidade. “Vamos seguir o processo político para vermos como será o desfecho a essas contradições” concluiu o parlamentar.
Sendo assim, dificilmente Miguel Coelho será o candidato da oposição em 2022, por dois motivos: primeiro, terá que convencer a ala da oposição que comanda os maiores centros eleitorais do estado. Segundo, sua permanência no MDB tornaria essa possibilidade descartada devido à aliança do partido com a Frente Popular. Ou seja, Miguel só tem duas escolhas: sair do partido ou desistir da candidatura.