Deputado Raul Henry vê homeschooling como “mais um retrocesso educacional” do atual Governo Federal
O deputado Raul Henry (MDB-PE) ocupou a tribuna da Câmara Federal, agora há pouco, para apelar para que o projeto de lei 3179/12 não seja aprovado pelo plenário. O texto regulamenta o homeschooling, termo em inglês que significa ensino domiciliar.
Raul iniciou sua explanação destacando que, a educação brasileira se encontra entre as piores do mundo. “É o que nos informa a última avaliação do Pisa, o maior sistema de avaliação do mundo”, justificou.
O deputado frisou que existe ainda muitos desafios a serem enfrentados na área e enumerou os principais. “A política para a primeira infância; a alfabetização na idade correta;
a implementação da Base Nacional Comum; a diversificação do ensino médio; o Sistema Nacional de Educação. E, o mais importante, uma política nacional para a carreira docente, que melhore o recrutamento, a formação e o engajamento dos professores”.
O parlamentar criticou a condução da educação feita pela gestão Bolsonaro. “A esse governo, nada disso interessa. Nenhum tema sério foi debatido nos últimos três anos e meio. Só guerra ideológica e cultural! Um cenário desolador para quem compreende a importância da educação para as novas gerações”, lamentou.
Para Raul, o único propósito do homeschooling é, mais uma vez, desvirtuar o debate educacional “com ideias estéreis baseadas exclusivamente no divisionismo e na intolerância”.
O deputado colocou, ainda, que uma sociedade para ser mais fraterna, mais humana, mais pacífica e mais coesa precisa aproximar e integrar suas crianças, não afastá-las e segregá-las. “Ninguém é capaz de substituir a escola na socialização das crianças. É a convivência na escola que prepara para a vida em coletividade, para o amadurecimento emocional, para a superação de situações de conflito, para a construção de uma sociedade plural, para os valores da democracia, da justiça, da tolerância, da equidade e do respeito ao outro”, argumentou.
E finalizou: “Espero que esse Parlamento não promova mais esse retrocesso na educação do Brasil.”
Apesar dos argumentos contrários de Raul, o texto-base acabou sendo aprovado em plenário.