Cresce adesão à paralisação dos caminhoneiros no país no dia 1º de fevereiro

Lideranças dos caminhoneiros do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Ribeirão Preto (SP), São José dos Pinhais (Paraná) anunciaram em live adesão à paralisação na próxima segunda-feira.

A mobilização da Greve Nacional dos caminhoneiros programada para a próxima segunda-feira, 1º de fevereiro, cresce em todo o país. O movimento conta com o apoio da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística) que está orientando todos os 800 mil motoristas autônomos e celetistas da sua base a aderirem ao movimento paredista.

Em live do Programa Sintonia do Sindicato dos Portuários do RS, apresentado pelo dirigente dos portuários do RS, Clenio Nunes, Galinho, realizada na noite de terça-feira (26), lideranças dos caminhoneiros autônomos do Rio Grande (RS), Ribeirão Preto (SP), de São José dos Pinhais (PR); da Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB-SP) da Associação dos Caminhoneiros do Sul Fluminense/Acasulf e do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC)  anunciaram  a adesão à paralisação no dia 1º de fevereiro.

Para o porta-voz da CNTTL, o caminhoneiro autônomo, Carlos Alberto Litti Dahmer, presidente do Sinditac (Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga) de Ijuí-RS, e vice-presidente da CGTB, a categoria não suporta mais tanta exploração e a insensibilidade do Governo Bolsonaro e do Supremo Tribunal Federal (STF) referente à agenda de reivindicações que está parada há três anos (2018 a 2021).

“Lamentável o reajuste da Tabela do Piso Mínimo de Frete, realizada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres). Tivemos um reajuste de 2,51% que é ínfimo. Só para se ter ideia o preço do pneu teve aumento nos últimos três meses de mais de 60%, seja nacional ou importado. Até hoje não tivemos o julgamento do Piso pelo STF. Não podemos suportar essa situação. Hoje temos um piso mínimo da fome. Para nós inconstitucional é a fome e a exploração. Vamos dar um basta nisso. Vamos cruzar os braços no dia 1º de fevereiro”, destaca Litti.

Só estamos solicitando nossos direitos de 2018 que ficaram esquecidos, não têm mais condições . Chegamos ao limite e se não pararmos nós vamos quebrar trabalhando! Não tem mais o que fazer”, José Roberto Tadeu Rosa, presidente do SINDICAM Rio Grande.

“Nós não somos baderneiros, não somos terroristas, nós somos pais de família que estão suplicando para o Governo socorro e socorro! Nós estamos abandonados, a nossa Lei não é respeitada. Estamos orientando todos os caminhoneiros a ficarem em casa”, Lucélia Junior Pelegrini Venerozo, diretora do SINDCAM-  Ribeirão Preto.

“O movimento dos caminhoneiros não é pra derrubar governo, a categoria foi quem mais apoiou Bolsonaro nas eleições. Simplesmente a categoria está reivindicando as leis de 2018 que estão em aberto até hoje”, José Roberto, presidente da ANTB (Associação Nacional de Transportes do Brasil).

“Estamos passando hoje uma dificuldade muito grande! Se tivesse cumprido aquilo que foi determinado em 2018, não estaríamos aqui hoje neste debate, tudo que estamos passando é reflexo que passou em 2018, nos prometeram muitas coisas e não foram cumpridas”Dieck Sena, diretor do SINDCAM de Rio Grande.

Da Redação CNTTL

Everaldo

Licenciado em Física pelo Instituto Federal do Sertão Pernambucano e em Matemática, pela Faculdade Prominas - Montes Claros. Jornalista registrado sob o número 6829/PE, o blogueiro Everaldo é casado com a Pedagoga Amanda Scarpitta e pai de duas filhas, Kassiane e Kauane. O foco principal do blog é informação com responsabilidade e coerência, doa a quem doer!

Você pode gostar...

Deixe um comentário