Hora do almoço: sucuri dá abraço mortal e engole porco-do-mato dentro de rio; veja vídeo
O guia de turismo Célio Araújo estava passando de barco em mais um dia de trabalho pelo rio Sucuri, em Bonito (MS), a 283 km de Campo Grande, quando se deparou com uma cena impressionante da natureza: uma sucuri “almoçando” um cateto, uma espécie de porco-do-mato. Veja o vídeo abaixo.
O guia explica que presenciou a cena após perceber um macaco agitado demais na mata. O especialista flagrou do abraço mortal ao momento que a sucuri começa a engolir o animal predado.
Nas imagens, é possível ver a cobra se enrolando em volta do cateto, que parece já estar sem vida embaixo d’água. Em outro momento do vídeo, a serpente abre a boca para começar a engolir a presa. Célio acredita que a sucuri tenha entre 4 e 5 metros, e relata que sempre a vê pela região.
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CURIOSIDADE SOBRE SUCURI
As sucuris podem passar mais de um mês digerindo animais grandes, como porcos e capivaras. Mas elas só conseguem engolir as presas “gigantes” devido as adaptações em seus corpos. “Elas conseguem deformar temporariamente o crânio, a mandíbula é flexível permitindo que elas abram bastante a boca. O ângulo de abertura em algumas espécies pode chegar a 180ºC, também tem o fato de terem a pele bastante elástica e as costelas móveis”, apontou a especialista.
Depois do bote, vem o trabalho mais difícil: engolir a presa. Apesar da imagem impressionar, é um momento delicado para a cobra, porque ela está vulnerável. Caso ela se sinta ameaçada com a aproximação de outro animal, ou até de uma pessoa, pode vomitar a caça.
Presa engolida, chega o momento de se esconder. As sucuris passam dias se mexendo muito pouco, mas de vez em quando, podem sair para tomar sol e acelerar a digestão. “Mas ficam sempre pelo mesmo local e logo se escondem de novo”, completou Juliana.
“O tempo de digestão depende de alguns fatores, desde a saúde do animal até a temperatura do ambiente. Isso porque são animais ectodérmicos, ou seja, elas não produzem calor metabolicamente como os mamíferos, dependendo então de fontes externas de calor”, relatou.