Faca e banco de DNA: como a polícia identificou o assassino de Beatriz
A peça-chave para o esclarecimento da morte da menina Beatriz, assassinada em 2015, em Petrolina, no Sertão, foi a faca usada pelo criminoso Marcelo da Silva, que está preso em Salgueiro, na mesma região do estado. A polícia informou que, ao ser identificado, Marcelo da Silva prestou depoimento a delegados, confessou o crime e foi indiciado. O homem já estava preso por outros crimes.
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A partir da análise do material contido na faca, foi possível comparar com o perfil do assassino. O DNA dele fazia parte do Banco Estadual de Perfis Genéticos (veja vídeo acima).
O DNA da faca foi comparado com o material genético de 125 pessoas, consideradas suspeitas. Todas essas amostras foram coletadas pelos peritos pernambucanos do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos, desde 2015. E foi justamente o Banco de Perfis Genéticos que revelou que, entre esses suspeitos, estava o assassino de Beatriz Angélica.
O laudo mostra que o perfil genético obtido a partir da amostra é compatível com o DNA da menina e do de Marcelo da Silva. O laudo final do Caso Beatriz foi concluído na segunda (10). O documento seguiu, nesta terça, para a Secretaria Estadual de Defesa Social (SDS) e ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE).
O documento da perícia técnica não esclarece a motivação do crime. Também não informa quais outros crimes são atribuídos ao homem que está preso.
De acordo com documentos obtidos, os peritos coletaram o DNA no cabo da arma, deixada no local do homicídio. A faca foi entregue ao Instituto de genética Forense, no Recife, um dia depois do assassinato. A imagem de uma câmera de segurança mostrando um possível suspeito chegou a circular, mas a polícia não conseguiu identificá-lo.
Do G1.