Ao se filiar, Tabata destaca papel do PSB na defesa da democracia e na oposição a Bolsonaro
A deputada federal Tabata Amaral teve sua ficha de filiação abonada pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, em um ato realizado nesta terça-feira (21), na sede da Fundação João Mangabeira em Brasília. Com a presença de governadores, prefeitos e parlamentares do PSB e de vários outros partidos, representantes segmentos sociais, Siqueira celebrou a chegada da nova filiada ao partido, a qual considera uma “grande figura da Câmara dos Deputados”.
“Você, deputada, ingressa no partido com o privilégio de tantas boas-vindas de tantas pessoas importantes do seu novo partido, dos militantes do PSB e de seus amigos que lhe admiram pelo seu protagonismo, pela sua capacidade e pela expectativa que você cria na sociedade brasileira de ser uma grande liderança num Estado importantíssimo, que é São Paulo”, disse.
O socialista destacou que Tabata ingressa em um momento de Autorreforma, na qual o PSB renovará completamente seu programa partidário e seu estatuto, além de estar se preparando para o Congresso Nacional a ser realizado em abril de 2022. Para Siqueira, os partidos e o sistema político brasileiros precisam de uma reforma muito profunda para ganhar legitimidade e para salvar a democracia brasileira que corre risco no atual governo.
“Você se soma a grandes figuras do nosso partido para engrossar essa luta pelo Brasil e pelas pessoas que estão excluídas, mas também pelas que já estão incluídas”, afirmou.
“Você agora está aqui para nos ajudar a construir esses espaços que serão ainda mais ampliados com a sua presença”, afirmou Siqueira, relacionando a luta feminista de Tabata aos segmentos sociais do PSB.
“Esses segmentos que existem no nosso partido não são para dividir a luta geral da população, mas para se expressar porque historicamente nunca tiveram expressão suficiente na vida política do país. Eles estão aqui porque precisam se somar à formulação de um projeto nacional de desenvolvimento em todas as áreas”, completou.
O discurso da recém filiada e ativista pela educação abordou sua trajetória desde a infância na periferia de São Paulo até seu ingresso no PSB. Tabata venceu, aos 13 anos, a primeira Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), criada por Eduardo Campos quando foi ministro da Ciência e Tecnologia, e classificou o momento como “a medalha que mudou minha vida”. Tabata lembrou que é necessário ter consciência de que a desigualdade do país rouba os sonhos dos jovens periféricos e tira suas vidas.
“A OBMEP foi a primeira grande oportunidade que tive, e ela foi gestada e sonhada por uma das grandes lideranças do PSB. Então espero poder honrar a oportunidade que tive trabalhando de forma incansável pela nossa educação. Enquanto eu pude sonhar o que quisesse pro meu futuro, graças a essas oportunidades, pessoas muito mais inteligentes e talentosas foram ficando pelo caminho por morrerem cedo ou largarem os estudos”.
A parlamentar reforçou como é necessário nesse momento a atuação de siglas fortes, democráticas e inclusivas que apresentem um projeto de país, feito pelo PSB por meio da Autorreforma.
“Eu não poderia escolher um partido melhor para entrar, o PSB é reconhecido não só pelos seus grandes pensadores, mas também por grandes fazedores, pessoas que se desdobraram para mudar a vida dos mais vulneráveis. É um partido que nunca titubeou na defesa da democracia e agora se posiciona com coragem contra esse governo incompetente, corrupto e autoritário, que nos envergonha lá fora e nos traz tanta dor e sofrimento aqui dentro”.
No evento, também estavam presentes o presidente da FJM e ex-governador de São Paulo, Márcio França, os governadores de Pernambuco, Paulo Câmara, e do Espírito Santo, Renato Casagrande, os líderes do PSB na Câmara, Danilo Cabral, da Oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), da Minoria, Marcelo Freixo, e os deputados e deputadas que compõem a bancada socialista na Câmara. Também participaram o vice-presidente de Relações Institucionais, Beto Albuquerque, e o presidente estadual do PSB-SP, Elizeu Gabriel, os ex-prefeitos de Recife, Geraldo Julio, e de Campinas, Jonas Donizette, além dos secretários e secretárias nacionais dos movimentos sociais do PSB, a militância socialista e parlamentares de outros partidos.