Escanteado por Bolsonaro, Fernando Bezerra pode até se aliar ao PSB
A possível saída do senador Fernando Bezerra Coelho da liderança do Governo Bolsonaro, no Senado, pode ter reflexos na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas, em 2022. Se for mesmo escanteado pelo presidente da República, como noticia a Imprensa do Sul, FBC terá a justificativa que estava esperando para se aliar novamente ao PSB e ser o nome da Frente Popular para a Casa Alta, em uma chapa a ser encabeçada por Geraldo Júlio, atual secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco.
Alijado do bolsonarismo por, supostamente, não ter se empenhado na defesa do governo durante a CPI da Pandemia, Bezerra Coelho terá, caso isso aconteça, o discurso para explicar o distanciamento do presidente e a consolidação de uma ponte (que já existe) com o PSB. Só que, para isso, FBC terá que cortar na carne e acabar com o sonho do filho, Miguel, de ser governador de Pernambuco já em 2023. Como troca pela retirada da candidatura do filho e prefeito de Petrolina, FBC exigiria a vaga de senador, que, certamente, lhe seria dada.
O movimento, praticamente, resolveria a eleição, assegurando mais quatro anos de hegemonia estadual para o PSB. Já Bezerra Coelho, ganharia mais oito anos de mandato com direito a foro privilegiado, e a vantagem estratégica de se defender dos crimes a ele imputados com mais tranquilidade. Também se livraria de ter que disputar a mesma eleição para a Câmara Federal que seu outro rebento, o deputado Fernando Filho.
Difícil vai ser convencer Miguel a recuar. O prefeito de Petrolina é o que mais anda entre os pré-candidatos da oposição. Não para um dia sequer! Todos os seus movimentos são vislumbrando a eleição para o Governo de Pernambuco. Das agendas que realiza na Região Metropolitana e Agreste às obras que inaugura na sua cidade, já que a gestão modelo em Petrolina será o principal mote de sua campanha, se ela não for abortada pelo seu próprio pai.
O povo quer saber: FBC ainda tem lugar na Frente Popular?
Fonte: Coluna Fala PE.