A dificuldade do chapão da Frente Popular para as eleições 2018

Nas eleições de 2014, Eduardo Campos montou uma frente política jamais vista em nosso estado em torno de Paulo Câmara. Apesar disso, nas eleições para deputado federal a Frente Popular obteve um desempenho menor do que em 2010, elegendo 18 deputados no chapão contra 20 do pleito anterior.

Na ocasião passada o chapão do PSB fez 3.031.449 votos totais, o que permitiu que a coligação composta por quinze partidos elegesse dezesseis federais direto e dois na sobra. Dos eleitos em 2014, pelo menos Pastor Eurico, Bruno Araújo, Betinho Gomes, Daniel Coelho, Fernando Filho, Mendonça Filho e Marinaldo Rosendo não estarão no chapão do PSB, juntos eles tiveram quase 800 mil votos, além deles Anderson Ferreira atingiu 150.565 votos, o que faz aproximadamente 950 mil votos a menos em relação a 2014. Nesta conta, o chapão do PSB elegeria 11 federais e um na sobra caso as votações fossem repetidas.

Como devem ser acrescentados João Campos (150 mil votos, pelo menos), Milton Coelho (80 mil votos), Lucas Ramos (80 mil votos), Wolney Queiroz (85 mil votos), Kaio Maniçoba (70 mil votos) e Jarbas ou Raul Henry (100 mil votos, pelo menos), haveria uma compensação de mais três vagas, garantindo ao chapão de 14 a 15 deputados eleitos.

O xis da questão é que seriam 15 vagas no melhor cenário para algo em torno de 20 nomes, o que obrigaria o décimo quinto desta coligação a ter 100 mil votos para se eleger, considerando as votações da disputa passada. Pule de dez na eleição seriam João Campos, Sebastião Oliveira, André de Paula, Felipe Carreras, Danilo Cabral, Jarbas Vasconcelos ou Raul Henry, Eduardo da Fonte, Augusto Coutinho e Fernando Monteiro, ficando num segundo pelotão João Fernando Coutinho e Wolney Queiroz, e na briga fratricida por duas vagas Tadeu Alencar, Gonzaga Patriota, Kaio Maniçoba, Lucas Ramos, Luciana Santos, Milton Coelho, Raul Jungmann e os suplentes Severino Ninho, Cadoca e Creusa Pereira.

Caso o PHS monte uma chapa com o Pastor Eurico, e haja a reedição do G6 que elegeu um deputado federal, é possível que essa conta diminua ainda mais, uma vez que quem tiver menos de 70 mil votos poderá se desencorajar a disputar por siglas que comporão o chapão da Frente Popular pois sabem que as chances de vitória serão quase nulas. O fenômeno observado na Frente Popular para estadual em 2014 quando deputados com menos de 42 mil votos não se elegeram, pode se repetir, e quem tiver menos de 90 mil votos na Frente Popular para federal ficar sem mandato. Desde que o PSB chegou ao governo em 2006 com Eduardo Campos, quando PT e PSB elegeram juntos 16 deputados federais em suas respectivas coligações, a eleição deste ano tende a ser a mais difícil para o chapão da Frente Popular que fará menos deputados do que em 2010 (20) e 2014 (18).

Edmar Lyra

Everaldo

Licenciado em Física pelo Instituto Federal do Sertão Pernambucano. Professor de matemática e física do Ensino fundamental e médio da rede estadual de Pernambuco. Jornalista registrado sob o número 6829/PE, o blogueiro Everaldo é casado com Amanda Scarpitta e pai de duas filhas lindas, Kassiane e Kauane. O foco principal do blog é informação com responsabilidade e coerência, doa a quem doer!

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